quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Cartografia sonora, o que é isso?

Essa foi uma entrevista realizada pela piniweb em 2012 e pouco evoluímos na questão acústica. Já se passaram 2 anos e vimos que a questão ainda é preocupante. Fortaleza já evolui bastante com relação a outros estados brasileiros, como vimos no seminário de poluição sonora realizado no dia 27/11/2014.

Confiram:
Mapeamento de ruído de Fortaleza/CE

Brasil ainda está atrasado no mapeamento sonoro das cidades

Professor especialista em engenharia acústica comenta sobre a necessidade da cartografia sonora(mapeamento sonoro).


A prática de mapeamento sonoro ainda está no começo no Brasil. É o que afirma o Professor Bento Coelho, doutor em Engenharia Acústica e integrante do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, em Portugal. Segundo ele, Fortaleza é a única grande cidade do país que está realizando seu mapa, já em fase de finalização.

Mapear o ruído urbano permite que sejam elaborados planos e regras para atividades econômicas com emissões sonoras significativas ou até mesmo interditar estas atividades quando o ruído exceder os valores regulamentadores.
Na Europa, a cartografia sonora é obrigatória há 10 dez anos, desde a Diretiva Europeia de 2002, que trata da gestão da poluição sonora no meio ambiente. Porém, esta prática já era comum alguns anos antes da obrigatoriedade. De acordo com o professor, a cartografia sonora de Lisboa foi concluída em 1995.
"Os trabalhos a nível urbano na Europa são complexos, pois a maior parte das pessoas mora em cidades", diz. Apesar de a obrigação na Europa ser destinada somente aos grandes centros urbanos, países como Portugal e Polônia aplicam a metodologia em praticamente todas as cidades do país. Cidades pequenas que ficam próximas a aeroportos, por exemplo, são ideais para o mapeamento. "A cartografia tem a ver com cidades e com fontes de ruído", o professor completa.
Ele também afirma que o objetivo do mapeamento de ruídos não é somente atender as reclamações dos moradores, mas também evitar que elas apareçam. Zonas residenciais ou que possuam escolas e hospitais precisam desta metodologia para que o seu planejamento seja melhorado.
A respeito dos passos para a implantação da cartografia sonora no Brasil, o professor diz que é preciso avaliar as principais fontes sonoras, como estradas e aeroportos. Todos estes dados são coletados para fazer um cálculo dos níveis de ruído no exterior, o que ajudará, por exemplo, no planejamento da infraestrutura de transportes de uma cidade, já que a cartografia sonora também estabelece limites de operação de ferrovias, aeroportos, rodovias e metrô.


Disponível em: http://piniweb.pini.com.br/construcao/carreira-exercicio-profissional-entidades/brasil-ainda-esta-atrasado-no-mapeamento-sonoro-das-cidades-260026-1.aspx 11/12/2014


Um dia o Brasil chega lá!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Seminário de poluição sonora no contexto urbano atual.

Durante a quinta-feira (27/11), a Câmara Municipal de Belo Horizonte realizou o Seminário “Poluição Sonora no contexto urbano atual”. O evento, solicitado pelo vereador Leonardo Mattos (PV), discutiu os aspectos ambientais, sociais e econômicos que envolve os ruídos e as vibrações sonoras.
No período da manhã, o público participou de dois painéis: “Poluição sonora e qualidade de vida: bem-estar e saúde pública” e “Mapeamento e medição de ruídos: critérios acústicos e planejamento urbano das cidades”.
“O objetivo é partirmos para a construção de uma modernização da nossa legislação. O eixo principal nesse momento é a busca da pacificação das relações entre cidadãos, empreendedores e prefeitura”, afirmou o vereador Leonardo Mattos (PV), que solicitou o seminário e coordenou o primeiro painel.
Qualidade de vida
O primeiro painel teve como tema “Poluição sonora e qualidade de vida: bem-estar e saúde pública”, e foi conduzido por Fernando Pimentel de Souza, professor titular da Universidade Federal de Minas Gerais, membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro (UNESCO, Paris) e autor de pesquisas sobre o sono e a insônia.

Segundo o palestrante, a insônia e o barulho podem provocar desde problemas de atenção e memória, baixa criatividade e falta de vitalidade, até acidentes de trabalho e de trânsito, aumento da violência, câncer e Mal de Alzheimer, dentre outros males. Para dormir melhor, recomenda, é importante relaxar uma hora antes de ir para a cama, acordar em horários regulares e comer pouco à noite.
O palestrante também elencou medidas que necessitam de intervenções governamentais, no intuito de garantir mais bem estar ao cidadão: pedir mais atuação do Ministério Público em relação ao tema, fixar níveis máximos de ruído para cada ambiente ou atividade, construir barreiras acústicas em locais críticos e vias subterrâneas para abolir o eixo do trânsito intenso, além da realização de campanhas em prol da “cultura de silêncio”.
Mapeamento de ruídos
Já a palestrante Lygia Niemeyer falou sobre “Mapeamento e medição de ruídos: critérios acústicos e planejamento urbano das cidades”. Niemeyer é arquiteta e urbanista, mestre em Conforto Ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (PROARQ) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela tratou dos tópicos fontes de poluição sonora e mapas de ruído, além de apresentar um estudo de caso. A poluição sonora, segundo ela, tem dois principais componentes: aumento da frota de veículos e morfologia urbana (a forma como a cidade é projetada e/ou ocupada).

Exemplo de mapeamento de ruído
Para medir a poluição sonora urbana, é feito o “mapa de ruído”: representação gráfica da distribuição dos níveis de ruído na cidade, tanto por medição direta quanto por ferramentas computacionais. A partir desse mapa pode-se, por exemplo, verificar a influência de cada fonte de ruído e a conformidade com a legislação, avaliar cenários futuros gerados por intervenções urbanas e otimizar medidas mitigadoras. “O mapa é uma ferramenta para tomar decisões, mas é necessário apoio governamental para que seja feito na cidade inteira”, pontuou Niemeyer. Segundo ela, os métodos computacionais de avaliação prévia não são exigidos pela legislação brasileira.

“Nós já estamos trabalhando essa questão da adequação da lei em nível municipal, com previsão de modificações na Lei de Uso e Ocupação do Solo e criação de diretrizes para determinados tipos de comércio. Mas são discussões que vão se aprofundando na medida em que os projetos de lei forem sendo apresentados”, ponderou o coordenador do segundo painel, vereador Autair Gomes (PSC).
Além de mostrar o estudo de caso de um mapa específico e explicar sua construção, a palestrante também explanou formas de diminuir o barulho por meio de soluções arquitetônicas e urbanísticas, como construção de edifícios-barreira, revestimento de solo, criação de áreas protegidas, dentre outras. “Mas é necessária uma revisão na legislação e entender o papel do arquiteto e do planejador, como forma de contribuir para a diminuição da poluição sonora”, finalizou.


 Responsável pela emissão de alto volume de ruído, o tráfego urbano está entre as principais fontes de poluição sonora nas grandes cidades. Belo Horizonte tem uma frota de cerca de 1,5 milhão de veículos em circulação, gerando níveis de pressão sonora de até 85 decibéis aos ouvidos do pedestre.

“A cidade tem diversas áreas com perfis muito diferentes. São necessários, portanto, critérios específicos para cada área”, afirmou o engenheiro eletricista Krisdany Cavalcante, diretor da Sociedade Brasileira de Acústica (Sobrac) e coordenador da Comissão de Estudos Especiais de Acústica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O especialista destacou a importância de se rever a atual legislação municipal de Belo Horizonte (Lei 9505/2008), que estabelece limites padrões para emissão de ruídos em toda a cidade. Cavalcante defendeu que sejam consideradas as diferenças entre áreas residenciais, região hospitalar, áreas de bares e restaurantes ou produção industrial, lembrando que algumas demandam critérios restritivos e outras exigem limites mais permissivos.

"Não podemos mais ficar de braços cruzados com relação aos ruídos das cidades, isso precisa mudar!!!
Espero que essa iniciativa  seja uma das primeiras para trazer uma grande mudança nas medidas tomadas para combater a poluição sonora. Por cidades com menos barulho por favor!!!" Ass. Jennifer Schmitberger




Fonte: http://leonardomattos.com.br/noticias/seminario-aborda-efeitos-do-barulho-para-a-saude-e-medicao-de-ruidos/  5/12/2014 11:34


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Muito cuidado ao comprar uma janela acústica!!! Atenção!

Recebo aproximadamente 10 emails por dia de pessoas solicitando orçamentos de janelas acústicas e me deparo com grandes conflitos na hora de indicar o material adequado.


O ramo de isolamento acústico foi muito difundido nos últimos 3 anos e o aumento da comercialização desse tipo de produto vem aumentando consideravelmente.

Com o crescimento das vendas veio a preocupação, será mesmo que as janelas são o melhor recurso para diminuir os ruídos de ruas movimentadas e trazer a tranquilidade para as pessoas que moram em cidades totalmente urbanizadas?

Em alguns casos a resposta é sim!


Mas não é somente a janela que resolve esse tipo de problema!

O ruído consegue ultrapassar paredes, portas, o teto e o piso, com isso percebe-se que a instalação da janela resolverá parte do problema.

Para outros casos a resposta é não!

Porque dependendo da estrutura predial a janela acústica será um problema sério que vai minimizar o ruído das ruas movimentadas e maximizar o ruido de um andar para o outro, nos casos de apartamentos. Passará a se escutar cadeiras sendo arrastadas, passos mesmo sem salto, crianças brincando, cães latindo e etc.

Eis a questão:
no mercado temos vários tipos de janelas acústicas:

de vidro duplo, triplo, quadruplo, compácto;
de correr, de giro lateral, de sobrepor e de embutir.

Janelas de vidro duplo poderão reter até 60% do ruído aéreo.
vidro duplo
Janelas de vidro triplo poderão reter até 70% do ruído aéreo.


Janelas de vidro quadruplo poderão reter até 80% do ruído aéreo.

Janelas de vidro compacto poderão reter até 90% do ruído aéreo.


A composição do vidro é muito importante quando se trata de janela acústica, mas se não houver um cuidado com as vedações pouco será útil todo essa composição.
Temos que pensar que o ruído acompanha o vento. Ele passa por todas as frestas e quinas que ficam sem o emborrachamento adequado. Portanto, na hora de comprar a janela fique atento para o material como um todo. (composição dos vidros, estrutura da esquadria e a VEDAÇÃO).
fita de vedação
As vezes é melhor instalar a janela de embutir e não a sobreposta.
As janelas antigas são muito feias e possivelmente estão desgastadas e muito velhas.
Sugiro a sobreposição para janelas instaladas nos últimos 10 anos, caso contrário é melhor uma reforminha básica para resolver logo o problema com sofisticação, deixando o ambiente mais clean.



Antes de comprar qualquer material acústico consulte uma empresa de confiança, que domina sobre o assunto. E mais uma vez, eu digo e reafirmo, CUIDADO COM VENDEDOR, ele não vende o melhor produto e sim o que garante a melhor comissão.
Não caia nessa!

Entre em contato conosco: www.menosbarulho.com.br
                                           www.menosbarulho.com


Conhecendo sobre alguns termos técnicos: Absorção sonora, isolamento do ruído,câmara anecóica, decibel, entre outros.






Geralmente os artigos e textos relacionados com o tema "acústica" mostram termos técnicos que poucos conhecem. Vai aí uma breve explicação de alguns: 


1 – Absorção Sonora

A capacidade de materiais, objetos e do ar em converter a energia sonora em calor. As ondas sonoras refletidas por uma superfície causam a perda de energia. A energia não refletida é expressa pelo coeficiente de absorção.Por exemplo, caso um material reflita 70% da energia sonora incidente sobre sua superfície, o coeficiente de absorção sonora correspondente será 0,30. As lãs minerais são absorvedores para os ruídos.



2- Câmara Anecóica

Uma sala com extremidades (paredes, piso e teto) que absorvem praticamente todo o som incidente. Utilizada em laboratórios para medição de campos sonoros diretos a partir de sua fonte.





3 - Decibel (dB)

Uma unidade de nível sonoro que implica em dez multiplicado por uma relação logarítmica de potência ou alguma quantidade proporcional à potência. O logaritmo é na base dez. A intensidade do som é indicada em decibéis. Por exemplo: respiração, 5 dB; trabalho em escritório, 50 dB; avião a jato durante a decolagem a 300 m de distância, 130 dB.


4- Freqüência (f)
O número de oscilações ou ciclos por unidade de tempo. Geralmente, a freqüência acústica é expressa em Hertz (Hz), sendo um Hz igual a um ciclo por segundo. Interpretada subjetivamente como a altura do som. Os seres humanos são capazes de ouvir sons com freqüências entre 20 Hz e 20.000 Hz.




5 - Decibelímetro
O aparelho que converte as variações de pressão sonora no ar em sinais eletrônicos correspondentes. Os sinais fora das faixas de freqüência desejadas são filtrados e excluídos.


6 - Difração
A capacidade da onda sonora em contornar obstáculos, especialmente evidente quando o comprimento de onda do som é igual ou superior às dimensões dos obstáculos.


7- Difusão
A dispersão ou a reflexão errática de uma onda sonora a partir de uma superfície. A direção dos sons refletidos é alterada de modo que o ouvinte possa ter a sensação de que o som incide sobre ele de todas as direções e com o mesmo nível.


8- Reflexão
A quantidade de energia da onda sonora (intensidade do som) refletida a partir de uma superfície lisa e dura. A reflexão sonora pode melhorar a qualidade da transmissão de voz e música.

9- Refração
A capacidade da onda sonora em curvar a direção ou alterar o sentido de propagação, à medida que se desloca de um meio a outro ou percorre áreas sob diferentes condições em um meio (tais como temperatura, densidade, umidade ou vento).